Há ocasiões em que se cozinha em função do vinho que vai ser bebido. Foi o caso nesta semana. Aproveitei o calor que voltou a São Paulo para abrir um“Vicar’s Choice”comprado no começo do mês. Achei que seria bom combiná-lo com uma sopa fria. Pensei primeiro numa Vichyssoise, mas acabei optando por um Gazpacho. Queria algo bem leve, fresco e que interferisse quase nada no vinho.
Tudo perfeito, exceto por um detalhe: eu nunca havia feito a tal sopa espanhola. Conhecia apenas sua fama: ser refrescante, saborosa e de fácil preparo. Como de costume nestes casos, fui pesquisar a receita na internet. Não achei nenhuma que me contentasse totalmente. Adaptei então aquela que achei mais coerente. Começando por branquear o alho e a cebola na água fervente por 3 minutos. Assim o sabor seria mais suave. Não coloquei o pão que a maioria das receitas recomenda. Por puro esquecimento. Substituí o vinagre comum por outro com ervas, que eu mesmo fiz há algum tempo (3 ramos de alecrim, 2 dentes de alho e um pouco de pimenta do reino em grãos, colocados numa garrafa que completei com vinagre branco de boa qualidade). Também não passei a sopa pela peneira. Não precisou. Piquei parte do pepino, com casca, em quadradinhos de 0,5cm que coloquei nas canecas na hora de servir (é, resolvi levar à mesa em canecas, para ficar diferente). Para acompanhar, um pão italiano integral que assei naquela noite. Resultado final: não sobrou nem vinho, nem pão, nem sopa.
Minha Adaptação de Gazpacho
Ingredientes: