É passeio para ser feito uma vez na vida e nada mais, do tipo “férias em família”. Mas vale a pena descer a Serra do Mar de trem até Morretes. É a segunda atração turística mais visitada do Paraná, atrás apenas das Cataratas do Iguaçu. A viagem começa em Curitiba, onde o embarque é feito na rodoferroviária. Melhor escolher os “vagões executivos”. Apesar de mais caros (R$ 89,00 adultos e R$ 45,00 crianças), há maior espaço entre as poltronas, refrigerantes e cerveja à vontade (um lanchinho “de avião” também, mas vamos pular esta parte). Além disso, guias turísticos bilíngües, muito bem treinados, que comentam toda a viagem, chamando a atenção para os pontos mais interessantes do percurso.
Segundo a simpática Carol, responsável pelo nosso vagão, a ferrovia começou a ser construída em 1880, projeto inicial dos irmãos Rebouças. São 110km de descida de serra, 30 pontes e 13 túneis, partindo de 934m acima do nível do mar. O objetivo inicial da obra era integrar o litoral paranaense a Curitiba, permitindo o desenvolvimento econômico da região.
Coloquei as Bachianas Brasileiras n°2 de Villa-Lobos no Ipod e comecei a curtir a viagem…
Cruzando o trecho de mata atlântica mais preservado do país.
Represa Caiguava: a chaminé, agora dentro d’água, era de uma antiga olaria.
Bromélias:
Hortênsias ao longo dos trilhos. Não são espécies nativas e foram plantadas para a visita inaugural de D. Pedro II (que nunca aconteceu). Era uma de suas flores preferidas.
Rio Ipiranga. Não, não é o riacho da independência…
Na Serra do Mar:
Ponte São João, a 55m de altura. Foi projetada no Brasil e construída na Bélgica.
Pico do Marumbi:
Após umas 3 horas de viagem, vamos chegando a Morretes, num calor úmido e insuportável. Nossa guia insiste: não dá para ir embora sem provar o prato mais famoso da cidade, o Barreado. Como é que é?!?? Comer Barreado em Morretes num calor de 40°C?!? Isto eu como é na casa meu sogro em Guaratuba, à beira da piscina. Ele faz o melhor barreado que conheço e, ainda por cima divide a receita, passo a passo:
Em tempo – dizem que o termo “barreado” vem da forma com que se fecha a panela de barro durante o cozimento: faz-se um “barro” de água + farinha de mandioca que é colocada ao redor da tampa para vedar a panela. Meu sogro garante que não é necessário, mas nesta receita fizemos questão utilizar a técnica, para honrar a tradição.
Barreado do Sogro
Ingredientes:
Modo de Preparo:
2. Acrescente a cebola e o toucinho, misture e refogue até que a cebola fique transparente.
3. Junte a carne misturando bem e cozinhe por cerca de 5 minutos.
4. Acrescente a massa de tomate e o cominho. Misture e cubra com o caldo de carne.
Mais informações sobre o passeio de trem: www.serraverdeexpress.com.br